Me
converti em 1997, estudei vários temas da Bíblia, mas nunca tinha ouvido falar
sobre o titulo deste texto. A primeira vez que ouvi, foi na Conferencia Celular
no Ano de 2018, através do Pr. Sebastian, das Filipinas, que afirmou que
durante 18 anos ofertou com o propósito de que seus filhos fizessem faculdade,
uma vez que ele mesmo não tinha condições de pagar seus estudos. De lá para cá,
de vez em quando me pego meditando no tema: “será que oferta tem que ter um propósito
definido diante de Deus?”, “será que definir um propósito não seria uma espécie
de barganha?”.
Com
todas estas duvidas na mente, fui pesquisar na Bíblia, e foi surpreendente o
que descobri na Palavra. Vejamos abaixo o que dizem os testamentos:
Lev.
Cap. 14 inteiro, fala que quando uma pessoa fosse curada de lepra deveria
apresentar uma oferta ao Sacerdote, pela sua cura. Curiosamente, em Marcos
1.44, Jesus pede ao leproso curado que apresente uma oferta ao Sacerdote pela
sua Cura e para que isto servisse de testemunho de Deus ao povo.
No
livro de Jó 1.5, o próprio Jó oferecia ofertas e holocaustos ao Senhor, pela
purificação de seus filhos. Ou seja, a oferta oferecida tinha o propósito de
purificar seus filhos.
Em Êxodo
25:1-9, Deus pede a Moisés que fale ao povo que lhe trouxesse uma oferta
para que Deus pudesse habitar no meio deles, devido ao fato de que o que nós
ofertamos, revela quem Deus é para nós. Abel e a Viúva deram o seu melhor,
porque Deus ao invés da provisão, era tudo para eles. Caim, deu o que sobrou,
porque Deus representava pouco para Ele.
O
Didaquê, ( Ensino dos Apóstolos no Primeiro Século da Igreja Primitiva ),
ensinava o seguinte, no Cap. IV, versos 5-8:
“Não te
pareças com aqueles que dão a mão quando precisam e a retiram quando devem dar.
6 SE O TRABALHO DE SUAS MÃOS TE
RENDEM ALGO, AS OFEREÇA COMO REPARAÇÃO PELOS SEUS PECADOS. 7 Não hesite
em dar, nem dê reclamando porque, na verdade, você sabe quem realmente pagou
sua recompensa. 8 Não rejeite o necessitado. Compartilhe tudo com seu irmão e
não diga que as coisas são apenas suas. Se vocês estão unidos nas coisas
imortais, tanto mais estarão nas coisas perecíveis”
Ou
seja, os Apóstolos de Cristo, no primeiro século, sugeriram a igreja que
apresentassem ofertas de gratidão pela purificação de seus pecados. ( afirmo
isto a titulo de informação, pois sabemos que Jesus nos purifica de todo pecado
). Vejamos ainda no cap. XVIII, versos 3-7:
“3 Assim, tome os
primeiros frutos de todos os produtos da vinha e da eira, dos bois e das
ovelhas, e os dê aos profetas, pois são eles os seus sumos-sacerdotes. 4 Porém,
se você não tiver profetas, dê aos pobres. 5 Se você fizer pão, tome os
primeiros e os dê conforme o preceito. 6 Da mesma maneira, ao abrir um
recipiente de vinho ou óleo, 5. tome a primeira parte e a dê aos profetas. 7
Tome uma parte de seu dinheiro, da sua roupa e de todas as suas posses,
conforme lhe parecer oportuno, e os dê de acordo com o preceito.
Nesta outra parte do ensino dos Apóstolos,
podemos ver que houve claramente a direção e ensino para que a Igreja
primitiva, entregasse as Primícias aos Profetas, para que estes sustentassem os
evangelistas com o propósito de que os mesmos os sustentassem espiritualmente.
E para não se estender com muitos
outros textos, Deut. 26.1-11, fala da oferta de Primícias apresentadas aos
Sacerdotes, com o propósito de gratidão pela entrada na terra prometida e libertação
da escravidão.
Logo, apesar de minhas duvidas e suspeitas,
verifico através dos textos supracitados e de vários outros, o fato de que
nossa oferta pode sim ter um propósito, sem que isto represente uma barganha
com Deus.
Ofertas são memoriais diante de Deus,
como no caso de Cornélio em Atos 10.4,
cujas orações e ofertas aos pobres foram lembradas. Em Samuel 7.9-10, o profeta
Samuel ofereceu um Cordeiro que ainda mamava com o propósito de que o exercito de Israel obtivesse vitória contra os
Filisteus. Vemos no texto que Deus, não se esqueceu e deu vitória sobre o
exercito inimigo.
Sendo assim, podemos concluir que
nossa oferta deve ser com alegria ( I Cor. 9.7), com amor e com propósito. Podemos concluir, que uma oferta, é
uma semente ( I Cor. 9.6) e que uma semente, tem memorial, e quando é plantada
no Reino Celestial, Deus não se esquece, porque digno é o trabalhador do seu
salário ( I Tim.5.18).
Por todo o exposto concluímos que não
é pecado, apresentar uma oferta de amor pela libertação e salvação de um ente
querido, por uma cura, uma porta de emprego, pela faculdade, o carro ou a casa
que se quer comprar, pois ofertas, são sementes, devem ser apresentadas com propósitos
e o maior propósito deve ser o da Gloria de Deus.
MINISTÉRIO FIDES
PR. CARLOS
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